Os olhos são constituídos por vários elementos que atuam em conjunto para que possamos enxergar com exatidão.
Um dos principais elementos é a retina, membrana localizada na parte posterior do olho e que é responsável por transformar estímulos luminosos em estímulos nervosos para o cérebro, que interpreta as imagens.
Devido ao seu papel fundamental, é preciso ficar sempre atento à saúde da retina, já que alterações em sua estrutura podem comprometer a visão de uma pessoa.
Quando um médico oftalmologista quer avaliar essa área do olho, ele realiza um exame chamado de angiofluoresceinografia, que é bastante eficaz na identificação de doenças relacionadas à retina e ao fundo do olho, além de auxiliar no melhor tratamento para cada caso.
O exame de angiofluoresceinografia é realizado para investigar as condições dos vasos sanguíneos da retina e da coróide. Também conhecido por retinografia fluoresceínica, ele também é indicado para detectar lesões e doenças oculares que atingem o fundo do olho. Dentre esses problemas, podemos destacar:
– Degeneração macular;
– Distrofias Retinianas;
– Retinopatia Diabética;
– Uveítes/Coroidites;
– Retinopatia Serosa Central;
– Oclusões Venosas e Arteriais;
– Baixa da Acuidade Visual;
– Traumas.
O oftalmologista indica a angiofluoresceinografia em casos de suspeita de alterações na parte posterior do globo ocular, sendo fundamental para um diagnóstico preciso e intervenção imediata.
A preparação do paciente começa em sua residência, pois é preciso um jejum de 4h para realizar uma angiofluoresceinografia.
Ao chegar na clínica, após se identificar e acomodar-se, um antialérgico via oral será ministrado, depois o colírio para dilatar a pupila será aplicado, o mesmo utilizado durante os exames oftalmológicos de rotina, como o de fundo de olho.
Isso é preciso porque quando a pupila se encontra pequena ou contraída, a visualização do fundo dos olhos se torna mais complicada.
Depois que foi feita a aplicação do colírio, um contraste chamado de fluoresceína sódica é injetado na veia do paciente, normalmente na mão ou no antebraço.
Essa substância é segura e causa menos efeitos colaterais que o iodo, que é o contraste mais utilizado em exames radiológicos.
O contraste injetado será estimulado por meio de uma luz de cores azul, a fim de emitir fótons de cor verde e amarelo, que serão captados pelos sensores das câmeras digitais.
Assim que os medicamentos começarem a fazer efeito, a pessoa está posicionada em frente ao equipamento, chamada de angiógrafo, que registra imagens da região do fundo do olho com lentes de altíssima resolução. Para auxiliar na captação dos registros, o oftalmologista solicita ao paciente que siga uma mira. A emissão de uma luz azul é feita pelo próprio aparelho.
E assim, uma série de imagens da retina são feitas, o que permite o médico analisar detalhadamente os vasos sanguíneos da retina e da coróide, por meio da avaliação da circulação retiniana, do epitélio pigmentar e da integridade funcional.
O exame de angiofluoresceinografia é indolor e ocorre entre 15 a 20 minutos.
O exame de angiofluoresceinografia é indicado para o acompanhamento de pacientes com retinopatia diabética, alterações na retina causadas devido a hipertensão arterial, alterações da mácula (DMRI), trombose e tumores oculares.
Esse procedimento é considerado simples, mas é preciso seguir as recomendações médicas, como:
– O paciente deve estar em jejum de 4 horas;
– Interromper o uso de lente de contato, caso o paciente utilize;
– Levar um acompanhante maior de idade, que dirija, se for o caso, já que a dilatação da pupila pode comprometer temporariamente a visão do paciente.
Em alguns casos, uma pessoa pode ter náuseas ou tonturas durante ou após o exame, comunicando imediatamente ao médico caso sinta alguns desses sintomas.
Após a angiofluoresceinografia a pele pode ficar amarelada por algumas horas e a urina pode apresentar cores esverdeadas por até 48h.
Algumas contraindicações são: reação prévia ao contraste, asma severa não controlada, infarto do miocárdio recente e gravidez.