O olho seco é uma doença ocular originada pela ausência da lubrificação na superfície dos olhos devido à má qualidade ou a quantidade inadequada de lágrima.

Ela acomete indivíduos de ambos os sexos e em qualquer idade, embora o público feminino seja o mais afetado.

Essa patologia está presente em 10% da população e é conhecida como a síndrome do olho seco ou a síndrome da disfunção lacrimal.

O olho seco também pode acometer uma pessoa devido a evaporação excessiva resultante de fatores ambientais, como ar condicionado, vento, clima quente e seco, fumaça, entre outros.

Idade elevada, menopausa, a utilização do computador e dispositivos eletrônicos de forma excessiva, ar condicionado, lentes de contato e alguns medicamentos anti-histamínicos, diuréticos, antidepressivos, entre outros, são as causas mais frequentes de olho seco.

Outras doenças oculares e algumas doenças sistêmicas também podem estimular o aparecimento desta patologia.

Confira alguns fatores que podem contribuir para o olho seco:

– Clima seco, vento, poluição, fumaça, ar condicionado;

– Disfunção das glândulas lacrimais;

– Anormalidades palpebrais;

– Alergia ocular;

– Doenças autoimunes, como Artrite reumatoide, Lúpus, Síndrome de Sjogrën;

– Doenças hormonais, como Diabetes e Hipotireoidismo;

– Acne;

– Rosácea;

– Doenças neurológicas, como Paralisia Facial, Herpes Vírus;

– Disfunções hormonais como o Hipotireoidismo;

– Deficiência de vitaminas C e B12.

Outros diversos motivos podem acometer uma pessoa com o olho seco, inclusive a produção de lágrimas diminui com a idade.

Um dos sintomas mais frequentes nesta doença é a vermelhidão, ardência ou comichão nos olhos.

A produção excessiva de lágrimas, o famoso olho lacrimejante, além da irritação excessiva da região, são sintomas bem comuns nas pessoas com esta patologia.

Visão turva ou embaçada ao final do dia, além de dores intensas nos olhos, em casos mais graves, também são relatados pelos pacientes que estão com o olho seco.

O diagnóstico do olho seco é feito através de uma consulta médica com o oftalmologista.

Há diversos exames e testes que medem a qualidade e a produção de lágrimas, a exemplo da lâmpada de fenda e o teste de Schirmer para analisar o nível que a pessoa está produzindo de lágrimas.

Através da Meibografia, exame feito através de imagens e gráficos da superfície ocular, também é possível detectar se a pessoa possui a patologia.

Todos os exames realizados para o diagnóstico do olho seco são indolores e não causam desconforto.

O tratamento do olho seco é realizado com lágrimas artificiais sob a forma de colírios ou pomadas. Eles ajudam a aliviar os sintomas da patologia e não causam efeitos adversos na pessoa.

Apesar do auxílio que os medicamentos oferecem ao indivíduo, é fundamental identificar e controlar os motivos que estão o levando a desenvolver a doença.

A depender do nível dos sintomas do olho seco, os tratamentos indicados são:

– Reposição com lágrimas artificiais (gota, gel, pomada);

– Higiene palpebral;

– Umidificação de ambientes;

– Dieta rica em ômega 3 ou cápsulas de ômega 3;

– Ciclosporina tópica;

– Tratamento da doença de base

– Plugs lacrimais;

– Em casos severos, pode ser necessário tratamento cirúrgico.

Não se automedique. Ao aparecimento de qualquer sintoma, busque o oftalmologista.